quarta-feira, 6 de julho de 2016

   Vou falar sobre a visitada casa de Anne Frank, que recebe milhões de visitantes por ano. Quem não quiser enfrentar fila, pode comprar os tickets pela internet. Como não comprei, tive que esperar 1 hora e meia na fila, mas não poderia voltar pra casa sem essa visita.

  A família Frank morava na Alemanha ,e em 1933 com a ascensão de Hitler foi instalado um regime anti-judaico, e como os Frank tinham origem judaica, decidiram mudar-se para os Países Baixos onde Otto estabeleceu suas empresas na rua Prinsengracht 263: Opekta e a Pectacon. A Opekta comercializava um gelificante para compota e a Pentagon fazia condimentos para carne.
    Os empregados do armazém desconheciam que havia gente escondida no anexo. Porém, os empregados do escritório sabiam, pois Otto pediu para que eles ajudassem a sua família na clandestinidade.
    O prédio da empresa era composta por duas partes: a casa da frente e a casa dos fundos- que recebeu o nome de Anexo Secreto.
    Entre os empregados do escritório estavam: Victor Kugler, Miep Gies, Bep Voskuijl e Jo Kleiman.  Formalmente Kugler era o diretor das empresas, já que os judeus eram proibidos de exercerem atividades comerciais .


                               "Durante o dia temos sempre que andar levemente e falar sem barulhos, porque      não nos podem ouvir no armazém ."
Anne Frank, 11 de julho de 1942
     Anne Frank ganhou um diário de seus pais quando ela tinha apenas 13 anos e entre esse período até ela completar 15 anos, quando foi morta, ela escreveu tudo o que passou na época em que se escondeu no anexo secreto.


    Estavam no Anexo Secreto:
Otto Frank - nasceu a 12 de maio de 1889 em Frankfurt, na Alemanha; sobreviveu à guerra e faleceu com 91 anos na Suíça.
Edith Frank-Holländer - nasceu a 16 de janeiro de 1900 em Aken , Alemanha; faleceu no campo de extermínio Auschwitz-Birkenau a 6 de janeiro de 1945.
Margot Frank - nasceu a 16 de fevereiro de 1926 em Frankfurt; faleceu de tifo no campo de concentração Bergen-Belsen em março de 1945.
Anne Frank - nasceu a 12 de junho de 1929 em Frankfurt; faleceu de tifo pouco depois de Margot, no campo de concentração Bergen-Belsen, em março de 1945.
                    Amigos da família
Hermann van Pels - nasceu a 31 de março de 1898 em Gehrde, Alemanha; faleceu provavelmente numa câmara de gás, no campo de extermínio Auchwitz-Birkeneu, em outubro d 1944.
Auguste van Pels-Röttgen - nasceu em 29 de setembro de 1900 em Buer, Alemanha; faleceu durante o transporte de Bergen-Belsen para o campo Theresienstadt, em abril ou maio de 1945.
Peter van Pels - nasceu a 8 de novembro de 1926 em Osnabrüch, Alemanha; faleceu no campo de concentração Mauthausen, em abril de 1945.
                    Dentista, amigo da família
Fritz Pfeffer - nasceu a 30 de abril de 1889 em Giesser, Alemanha; faleceu no campo de concentração Neuengamme, a 20 de dezembro de 1944.




                                                  Todos que estavam no Anexo Secreto


      


     Anne tinha que dividir o quarto com Fritz, isso provocava regularmente grandes brigas. O quarto de Anne era decorado com imagens que refletiam a transformação de menina para mulher. No início ela gostava de estrelas de cinema, mais tarde ela se interessava mais por Arte e História.

 
    Peter era o único dos clandestinos que tinha um quarto próprio. A escada no seu quarto conduzia ao sótão, onde se guardavam os alimentos.  Era o único  lugar onde eles podiam olhar para a rua e estar sozinhos. O primeiro beijo de Anne foi dado por Peter.


 

    Podemos ver também o quarto de Otto, Edith e Margot



    E o quarto de Hermann e Auguste van Pels que também era o local que eles faziam as refeições


   Estante que escondia o Anexo Secreto




     Após uma denúncia por telefone, a polícia invadiu a Prinsengracht 263 em 4 de agosto de 1944. O traidor nunca foi encontrado.



    Otto empenhou-se durante o resto de sua vida no combate à discriminação e ao preconceito. Casou-se novamente com Fritzi Geiringer que também foi uma sobrevivente do Holocausto e que compartilhou todas as angústias da família Frank, pois eram vizinhos em Amsterdã. Fritzi perdeu seu marido e um filho, sua filha Eva sobreviveu e também escreveu um livro em memória ás vítimas do Hocausto, onde ela cita sua meio-irmã Anne, mas isso já é uma outra história. O livro de Eva se chama: Depois de Auchwitz.